O presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Raimundo Eufrásio Alves Filho, confirmou em coletiva que o concurso do TJ só será anulado se o inquérito da Policia confirmar a fraude. Ontem durante realização do teste cinco pessoas foram presas em flagrantes acusadas de tentarem fraudar o concurso. Entre os detidos está um adolescente de 17 anos.

“Foram flagradas cinco pessoas com celulares recebendo ou emitindo mensagens. Uma de São Paulo continua presa por não ter pago fiança. Até o momento só temos esses cinco nomes, mas se o número aumentar, iremos discutir que medida tomar sobre o certame. Essa fraude é preocupante e repudiável porque temos que prestigiar aqueles que se esforçaram para passar em um concurso público”, declarou Raimundo Eufrásio. 

Evelyn Mariane Oliveira Ferreira, Francisco Ivanderson Alves da Silva, Wallace Araújo Reis e Bárbara Brenalle Teles de Oliveira foram presos em flagrante com aparelhos celulares durante as provas realizadas à tarde. Eles foram encaminhados para a Central de Flagrantes.

O magistrado disse ainda que se as investigações apontarem que apenas essas cinco pessoas no universo de 40 mil forem os únicos que tentaram fraudar o concurso e o próprio Tribunal de Justiça julgar que não interferiu no certame, é que o concurso não será anulado. Mas, caso os fatos mostrem o contrário, não será homologado. 

“Até o momento temos esses cinco flagrantes e vamos buscar mais pessoas envolvidas e se houver vai ensejar a anulação do concurso. O presidente do Tribunal de Justiça não pode e nem deve continuar os trabalhos, com essas suspeitas. Vamos aguardar as apurações da polícia e do próprio Tribunal, porque se continuarmos mesmo sob suspeita não estaremos honrando a seriedade e sob qualquer mancha de irregularidade nós não homologaremos o concurso”, garante desembargador Raimundo Eufrásio.

4º concurso do TJ

Cerca de 42 mil se inscreveram no concurso e aproximadamente 38 mil compareceram para fazer as provas. “Esse é o quarto concurso do TJ, o maior em número de inscritos e fiquei surpreso com essa notícia. Ainda estamos no começo de um processo e até agora não temos provas suficientes para anular, mas vamos investigar até o final e se for o caso vamos anular. Porque não admitimos que pessoas já ingressem já com essa falha na desonra no próprio serviço público”, declarou o presidente.

As investigações estão a cargo do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) da Polícia Civil.

Fonte: Cidade Verde