05 / 08 / 2023 - 10h24
Governo do RS reforça segurança em escolas e monitora circulação de notícias falsas na internet

 

O governo do Rio Grande do Sul reforçou o policiamento no entorno de escolas depois do ataque em uma creche de Blumenau (SC) que matou quatro crianças, no início de abril. Policiais do setor administrativo foram deslocados para a função.

 

Além disso, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) monitora grupos de conversas em redes sociais que disseminam possíveis ameaças. Os setores de inteligência da Polícia Civil e da Brigada Militar têm vasculhado a internet em busca de evidências que indiquem se há ou não veracidade nas publicações.

 

"Hoje, a maioria das informações que estão chegando, quando se verifica detalhadamente, se vê que não procede. Muitas mensagens que circulam em aplicativos aqui no Rio Grande do Sul são as mesmas mensagens que circulam em aplicativos em outros estados do Brasil, mensagens de texto, algumas mensagens de áudio que acabam espalhando uma situação de pânico público. Isso dá um trabalho a mais, porque em matéria de segurança pública, toda a informação que chega é verificada", diz o secretário estadual de Segurança, Sandro Caron.

 

A força tarefa tem envolvido, além da segurança, a Secretaria da Educação, o Ministério Público e a Polícia Federal. A orientação para a comunidade escolar é que qualquer boato seja imediatamente encaminhado à Seduc, que repassa para os órgãos de segurança.

 

"Nós estamos atuando para poder garantir a segurança no limite das possibilidades do estado e de outro lado também da orientação, as equipes diretivas, para poder garantir segurança não apenas com o policiamento. O policiamento é uma parte, mas a segurança também com orientação aos profissionais com estratégias definidas junto às instituições de ensino para poder garantir a segurança das crianças e jovens e, de outro lado, o enfrentamento à boataria e essas fake news e tudo o que está distribuindo, gerando alarmismo na população", diz o governador do RS, Eduardo Leite.

 

Nos últimos dias, o trabalho de inteligência da polícia identificou uma pessoa que criou um perfil falso para disseminar falsas ameaças. Ela já foi identificada.

A professora da Universidade de Brasília, Catarina Santos, é uma das coordenadoras de um relatório sobre a violência nas escolas em todo o país. Para ela, é importante que as pessoas não compartilhem boatos.

 

"Então a questão de não disseminar o pânico, a gente também precisa tomar cuidado com que compartilha. São ações que a gente tem que nós estamos estudando, desenvolvendo, seja nas escolas da educação infantil, nas universidades. [...] Não é possível que a gente entenda que a gente precisa aprisionar as escolas e deixar livre aqueles que estão ameaçando as escolas. O processo deve ser altamente o inverso. A área da segurança rastreando quem está ameaçando as escolas para que as escolas possam funcionar de forma segura".

 

G1